terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Passo os dias neste quarto, fechado, e sem nada para fazer. Acordo, como, e sigo para o computador, onde nele, passo a maioria do meu tempo. Através dele, digito palavras que não consigo dizer pessoalmente, ou porque tenho vergonha, ou porque não quero, ou porque não me apetece.
As palavras são poucas, e devido a isso não tenho escrito nada, peço desculpa..


- Quero mais !

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

(Meu pobre) Auto-Retrato


- Como se atreve a falar assim do Sr. Santos ?!
Como se atreve a falar dessa criatura,
Cujo se auto-domina dono dos seus cantos,
Cuja personalidade diz que é doçura ?

Difamar alguém, certamente não é puro,
Difamar alguém, onde cuja cabeça, reside o negro muito escuro..
Os seus olhos também são escuros, como um castanho acastanhado,
Fazem graças às visões, de quem tem um sorriso engraçado.

A sua postura física, corresponde à sua mentalidade,
Quer tenha 5, 10 ou 17 anos de idade.
Do mais simples que existe, ele permanece,
Imóvel e transparente, como quem nada quisesse..

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mundo Imaginário


Por vezes, damos por nós a pensar que eventualmente, poderíamos viver num conto de fadas, como aqueles dos livros, em que tudo parece perfeito, em que tudo é perfeito..
Mas não nos podemos esquecer, que tudo isso é mentira, que tudo isso é fruto da nossa imaginação.
É apenas o nosso desejo a falar mais alto. É apenas o nosso desejo, que nos obriga a pensar, que nos obriga a imaginar, o que seria, viver num mundo perfeito. É apenas o nosso desejo a sonhar, o que seria, se vivêssemos num mundo onde nada é defeito..
Eu simplesmente poderia chegar ao pé de ti, e perto, bem pertinho do teu ouvido, sussurrar, se gostarias de viver, no meu mundo imaginário.
As palavras que te diria, seriam sagradas.
As palavras que te diria, seriam com certeza, adulteradas..
Rapidamente tu fechavas os olhos, e com as minhas palavras, imaginavas o mundo imaginário.
Rapidamente elas subiam e subiam, até finalmente se gravarem, na tua memória:

Imagina como seria, sentires as vibrações, vibrações do mundo inteiro,
Imagina como seria, sentires o meu espírito, e inalares o meu cheiro.
Imagina como seria, se nos meus lábios secos, pudesses sentir o meu sabor,
Imagina como seria, se nos meus braços imundos, pudesses sentir o meu calor.
Imagina como seria, se apenas com o meu olhar, pudesses viver num mundo de fantasia,
Imagina como seria, se apenas com a minha voz, pudesses ouvir a mais bela sinfonia.


Imagina..
Imagina..

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sei para quem, mas não sei para onde

Caro Tio,
Dentro desta carta, residem algumas palavras que há muito fiz em tua honra.
Não te conheço e mal sei quem és, secalhar se nos cruzássemos numa rua, provavelmente não te iria reconhecer..

Descrever uma pessoa, talvez possa ser impossível,
Faz-nos rebaixar e descer o nosso nível.

Mostra o que, realmente sentimos dentro de cada um de nós,
Revela o nosso grito, revela a nossa voz.

A ti que vives nessas ruas poluídas,
Onde apenas existe mentiras e intrigas,
Eu me dirigo, com todo o meu saber.

Um homem sozinho, um homem abandonado,
Jogado para as ruas e posto de lado.
Nas ruas da violência, ele caiu no esquecimento,
Entrou em decadência e conheceu o sofrimento.
Aprendeu a viver, como um animal,
Deixou de ser quem era, deixou de ser racional.
Perdeu o seu toque, perdeu o seu carinho,
Esqueceu a sua família, esqueceu o seu sobrinho.


E agora envio esta carta, na qual o destinatário é desconhecido..

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Capa (invisível)

Debaixo desta capa (invisível) eu continuo, protegendo o meu ser, protegendo a minha pessoa.
É onde eu me sinto bem, é onde eu eternamente, me irei sentir bem. Não quero mostrar ao mundo quem sou, quero continuar aqui, escondido, debaixo desta capa (invisível) que só eu sei que existe.
As pessoas de fora, não me vêem a mim.. Vêem outra pessoa, vêem aquilo que eu quero que elas vejam. Porque apenas eu, sim, apenas eu e só eu sei, o que acontecerá se eu largar esta capa (invisível), que tanto me protegeu, que tantas vezes me fez acordar, e ver que o que se estava a passar, não era o mais certo..
Através dela, aprendi a viver, através dela, aprendi a ser como sou, e através dela, aprendi a ver, de que é que este mundo é feito, de que é que as pessoas são feitas..
Todos os milésimos, todos os segundos, todos os minutos, todas as horas e todos os dias, eu permaneço, escondido nesta capa (invisível).
A promessa foi feita, e agora perante tudo e todos, eu me ajoelho, e juro, que a minha promessa viverá para sempre: "Apenas largarei esta capa (invisível), quando uma pessoa (seja ela qual for), descobrir realmente quem eu sou. Que essa pessoa me desmascare em frente do mundo inteiro, e me faça ver, quem realmente é, esta pessoa, que se esco
nde cobardiamente, atrás desta capa (invisível).."

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"Pequeno" Diário

E aqui estou eu, sentado na cadeira, em frente a um monitor e a escrever o que talvez, será mais uma completa "idiotice".

Fico aqui, à espera e à espera.. À espera que "ela" dê o primeiro passo, à espera que "ela" se manifeste..
Tenho medo de avançar ? Bem, provavelmente tenho sim.. Tenho medo de avançar e no momento a seguir, magoar-me. Ou então secalhar nem é disso de que tanto tenho medo, mas sim do que posso vir a fazer, se avançar.. Tenho medo de a magoar, tenho medo de avançar e quando o mal já estiver feito, nem dar conta de que o fiz..
Já magoei tanta gente assim, desta maneira.. Com a dúvida de avançar, acabo mesmo por avançar e por vezes, acabo mesmo por magoar tais pessoas. Acho que agora vou ficar quieto, vou ficar parado no meu mundo, e deixar que as coisas aconteçam, vou deixá-las "fluir".
Até porque, mesmo já tendo 17 anos, ainda sou uma criança, até mesmo com a experiência de vida que já tenho. Não me posso gabar muito, porque ela também não é assim tanta, mas é o suficiente para me fazer ver e acordar para tais aspectos que possivelmente, no futuro, irão de certeza, fazer falta..

Se alguma "coisa" acontecer, espero bem que seja boa, até porque de certa forma, ia gostar.. bastante.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Recurso não renovável

Não sei o que se passou,
Não sei o que se passa,
Não sei o que se irá passar.
Só sei que tudo mudou,
Só sei que estou à rasca,
Só sei que nunca irá sarar.

O tal fardo continua cá, e não sei como o irei conseguir expulsar..
Talvez um dia, ou talvez nunca..
A vontade de existir e de viver, também continua cá, mas também não sei como a irei conseguir expulsar..
Talvez um dia, ou talvez nunca..

Começo a sentir-me vazio, os desabafos acabaram, os ressentimentos acabaram, a "chuva" acabou..
As razões que, pela qual escrevo e dedico os meus textos, já não são muitas, e como já todos sabemos(ou pelo menos presumo que todos saibam), os sentimentos não são recursos renováveis, têm limite, têm prazo de validade..
E por isso, não sinto, não vejo razões para passar para o "papel" aquilo que por mim é sentido, aquilo que por mim é vivido..

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Discreto

Discretamente, o meu olhar solta-se para a tua perfeita beleza..
Discretamente, solto um leve brilho no canto do olho, cada vez que o meu olhar, atinge a tua perfeita beleza..
Discretamente, por debaixo do que é chamado "o gesto mais marcante, o gesto mais significativo", solto um discreto, inocente sorriso, apenas porque o meu olhar, atingiu a tua perfeita beleza..
Discretamente, apenas.. deixo-me levar por esta onda de felicidade, onde nela consigo captar os mais perfeitos sabores e as mais perfeitas visões, mas tudo isso apenas porque, o meu olhar, atingiu a tua perfeita beleza..
Discretamente, vivo este perfeito dia-a-dia, à espera que algo alimente este olhar, que tudo quer ver mas que apenas vê.. a tua perfeita beleza.


- (É teu, Rita)

domingo, 15 de novembro de 2009

Vazio

Um vácuo toma conta de mim, e faz-me desvanecer..
Lá se vai a minha força, lá se vai o meu saber..
O vazio toma posse, e nada posso fazer..
Fico parado e sossegado, a ver-me desaparecer..
Tudo o que sei(ou pelo menos penso que saberia),
Rejeitei e recusei, diminuindo assim a minha sabedoria..
O meu corpo fica vazio, como uma uma pedra gigante,
Preso por um fio, ele flutua com a sua amante,
Naquela água selvagem, chamada mar elegante..


Pequenas partes da chamada "vida", são gravadas nas mentes imundas de que somos "donos", gravando e mais tarde, relembrado, aquilo que fizemos no passado. Tudo isso serve de experiência para que, um dia mais tarde, possamos utilizar para nos defender-mos, do que quer que seja. Mas agora, deixo aqui esta pergunta:
- Eras capaz de te deixar controlar, pelo vazio ?

Elemento vitalício

És água nos meus lábios, és carne nos meus braços, és ilusão nos meus sonhos, és vento na minha cara, és futuro nos meus planos, és vida em mim.

sábado, 14 de novembro de 2009

Carnal.

É o sabor carnal que percorre pelo corpo acima, é o desejo labial que se transforma em tentação, e que tentação tão boa essa.
É como uma droga, depois de se provar, o desejo é cada vez mais, mais e mais, enchendo por completo a sede de cada beijo, deixando um vazio cada vez que dois carnudos e sedentos lábios se separam, fica o desejo de os obter de novo, de se apoderarem da sua forma e se transformarem num só, para um resto duma vida.
Abraço, palavra de saudade, palavra que cada vez que é transformada em acto, enche por completo dois corpos, dois corações, vazios por si próprios mas repletos de saudade. Difíceis de aceder, fáceis de quebrar, difíceis de preencher, fáceis de chorar. Transparência é o seu lema, camuflagem é o seu esquema. Tentam transmitir aquilo que não são, para parecerem mais fortes, mas a realidade, é que são das coisas mais fáceis de quebrar, de fácil ilusão, bastando apenas um sorriso, para chegar a uma conclusão, que o coração não é feito de pedra como muitos pensam, mas feito de areia, não de aço, mas sim de papel, não de ferro, mas sim de vidro. Atreveste-te a ler este texto, agora atreve-te a esperimentar, atreve-te a sentir o sabor de cada beijo, o calor de cada abraço, e o sentimento de cada coração.