segunda-feira, 9 de maio de 2016

Local.

Não me afogo na tua imagem. Afogo-me nas palavras, que escrevo para ti. Não fosse eu ser tão bom nadador-salvador quanto a minha caneta que, quando te metes em sarilhos, lança a bóia. Que te arrasta para fora de um mar de riscos e te seca o cabelo, com outra página.



O aroma é o de um rebuçado de café. Já velho e sem cor, colado à secretária, embrulha-se e encaixa na perfeição com o padrão deste quarto: Pálido.
Não sou de doces nem quero que me adocem os poros, mas a ausência de açúcar proporciona-me tranquilidade.
Talvez a falta de sensibilidade ortopédica justifique a minha apatia sanguínea... Ou talvez não.