Mais um dia passa
E eu sem me controlar.
Este desejo não escassa,
Não tem como acabar.
O meu corpo já baloiça,
Desordenado como uma borboleta.
Eu não quero que ninguém me oiça,
Portanto pego na minha caneta:
Agarro neste instrumento
E profiro palavras loucas.
Desenho rimas sem fundamento
Que me servem como roupas.
Transformam-me por completo,
Deixam-me mascarado.
Sem elas sou incompleto,
Sem elas sou um falhado.
Peço desculpa,
Por este texto delinquente..
Já não estou a dar fruta
Como dava antigamente..