Não posso. Não posso fechar as comportas deste gigante
pulmão, que te inspira. Não posso. Não posso vestir a armadura de novo e dizer
ao meu subconsciente, que não se passou nada; que não se passa nada. Não posso,
não quero. Não o vou fazer e quero que saibas disso. Quero que saibas que estou
a tentar ser preciso, na escolha que estou a tomar. Sei eu e sabes tu, que vai
ficar difícil. Mas e daí? O que é fácil não apetece a ninguém mas isto, não é
uma questão de apetecer ou simplesmente querer lutar contra a maré, só por ser
difícil. Honestamente, tenho a plena noção de que se me ajoelhar para te beijar
os joelhos, irei acabar agarrado às tuas pernas. A levantar-te no ar, só para
que sintas que estás mais alta do que eu. A verdade é que estás. A verdade, é
que estás…
Eu estou aqui, e tu? Estás aí?