Não me avalies. Eu não sou o que esperas. Ou por quem
esperas. Não sou uma mera melancolia com aroma a girassol, não giro em prole de
algo estável e se eu estiver a mentir, então, que alguém me esfole. No
protocolo dos meus genes não existe auto-controlo.
Os níveis de apatia estão absurdamente altíssimos, elevados
ao cubo. Têm tido mais influência na saliência da minha gordura sentimental, do
que a minha experiência em tornar em demência o meu comportamento social. O que
antes era casual, tornou-se agora em banal. Desinteressante. É viciante e o que
antes era assustador, agora, é acolhedor; como mergulhar nu, à noite, na praia.
03:11h da madrugada. Aumentei a velocidade da ventoinha e
reposicionei-a para o Rex. Sinto o lombo dele a ferver, através dos meus pés.
Até o punha lá fora ao fresco mas passa sempre a noite em branco a tentar
morder os mosquitos. Aqui, pode sonhar à vontade.
"Dormir? Sim, consigo." Digo, mal a paz enlouquece. Se alguém esquece alguém é porque aprendeu a ser ninguém. Ou tudo. Se consigo ser ninguém porque não haveria de conseguir dormir? "Sim, consigo."
"Dormir? Sim, consigo." Digo, mal a paz enlouquece. Se alguém esquece alguém é porque aprendeu a ser ninguém. Ou tudo. Se consigo ser ninguém porque não haveria de conseguir dormir? "Sim, consigo."
Digo, infiel ao meu
stress nocturno.