Desafogo.
Um sufoco no nosso… próprio fogo.
Um coração a soco e uns ouvidos de moco,
Um pouco demais e um pouco de um muito pouco;
Um corpo louco. Uns lábios soltos mas de um cérebro rouco.
Soube a pouco. Sabe a pouco. Soube a um louco limite.
Pedi-te… Mas quem de nós o inflige?
Qual dos nós desenrolo? Qual dos olhos me feriste?
Para os lençóis rebolo, ferido, desta vez sozinho…
Tenho o colo gelado e encolhido, cobertor de espinho;
Detesto quando adivinho, detesto quando me ensino,
De criar um contrato quando só eu é que o assino.
Peço desculpa, eu sei, sou um assassino…
Fui um cretino quando o destino me avisou do desatino;
Feito felino não liguei, quis esticar o que era fino,
Quis a luz do holofote mas não passo de um figurino.
Desafogo, meu fogo.
I'm out.