Ela entra em casa, sente o aroma,
Sabe que lá estiveste e sente o sintoma;
Sabe que lá estiveste e sente o sintoma;
O hematoma no coração, aperta-o com frustração,
Porque é que lá estiveste sem lhe dizeres a razão?
Porque é que lá estiveste sem lhe dizeres a razão?
“Esquecer e seguir em frente.” Tu fizeste mas ela não,
Embrulhou-se no teu cheiro e agora relembra a tentação;
Embrulhou-se no teu cheiro e agora relembra a tentação;
A indignação de a teres deixado, e agora voltado;
Arrependida de não te ter espancado… tu que fingiste ter amado.
Arrependida de não te ter espancado… tu que fingiste ter amado.
A culpa é tua, marcaste-lhe o corpo; a alma; a pele,
E ainda insatisfeito ainda lhe escreves um papel…
E ainda insatisfeito ainda lhe escreves um papel…
Ela leu mas não ligou, interpretou como lixo,
Deitou-se, mas não aguentou, levantou-se e foi ao lixo.
Deitou-se, mas não aguentou, levantou-se e foi ao lixo.
Fixou, paralisou, quando leu o teu capricho,
Admirou-se com o teu humanismo apesar de seres um bicho.
Admirou-se com o teu humanismo apesar de seres um bicho.
Mas não, não soltou qualquer lágrima, longe disso,
A mulher é forte e o seu forte é nem sequer pensar nisso.
A mulher é forte e o seu forte é nem sequer pensar nisso.
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