Apoio a desavença entre o metafórico e o científico. Não
tenho prensas que prensem as palavras, sou um escritor com doenças.
Sofro de parágrafos desalinhados e linhas inteiras riscadas.
Sofro de anemia vocabulária;
Pneumonia literária.
À noite, sonho o dia e, de dia,
Sofro pela miséria de caligrafia que vou ter no próximo dia;
No dia seguinte - respiração solene,
Pele fria,
Se tivesse os pés quentes
A caneta nunca escreveria.
Bafo gelado, sinto-me um lobo no meio dos lobos,
Bato no peito e o bafo no peito responde com eco
Que nem o oco se ouve.
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