Diz-me, deixas de acreditar na Lua só porque o Sol se põe no lugar
dela? Ou no Sol quando as nuvens o tapam? E em mim quando chego tarde, e te
digo que me esqueci completamente de olhar às horas? Meto-me a imaginar sabes,
como reages, que tipo de 'birra' vais fazer. E rio. No meio da rua, no passeio
e a meio da passadeira, rio feito palerma. Até numa esplanada, cheia de gente!
E sinceramente? Sinto-me bem por não me sentir mal quando reparo que estão a
olhar de lado, para mim. Sinto-me bem por saber que respiro a tua memória,
embora não passe disso mesmo: memória.
Falta do teu carnal não faz tanta falta como outrora, embora não passe
disso mesmo: carnal. Como poderei guardar-me a mim e a ti ao mesmo tempo? O meu
coração não tem espaço para tanto, pelo menos não para mim. Nem a minha casa de
banho o tem, para a minha escova de dentes. Tens os buraquinhos do suporte de
escova todos ocupados.
Assim como os poros em mim; cheios de ti.
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