Banal. Demasiada banalidade numa monotonia que repugna a
vontade. E verdade seja dita: Maldita seja a preguiça! Meio castiça, azulada e
com o enorme fetiche de fazer cócegas pelo corpo todo. Como tu costumavas
fazer.
Deliro. Delirava. Parava no sofá à espera, sentado. Ansioso
tentando não parecer atrapalhado, mal te visse. Que te despisse mal entrasses
de salto de alto, elegante. Mas que só eu visse, mais ninguém. Gosto de te
mostrar ao mundo mas não nestas ocasiões. Nestes momentos, nestas ilusões, o presente
é meu e teu. Tão elegante. És linda, mulher. Gosto-te a cem, sabias? Se não
sabias então agora, já o sabes. Maldade era se não o soubesses, após dizer-to.
Continuo banal. Igual como anteriormente. Não era suposto os
dias serem todos diferentes? Por vezes penso que não sou nada inteligente. Um
pouco demente aqui, outro pouco ali, mas inteligente? Nunca o pensei, nem me
achei. Apenas pensei que não o era. Que fosse alguém comum. Quem me dera, que
não o fosse. Ou que não me achasse. Que achas de te ir buscar ao trabalho?
Queria um dia puder tomar café contigo. Acompanhados com um pastel de nata,
para ambos; que dizes?
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