segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Relato Memorial - 3ª Parte

Avançando agora para a Parte 3, e sem querer tirar partido do intervalo que fez questão de se intrometer, relatos sobrenaturais irão sair. Sonhos e pesadelos convertidos num só. Convertidos num acontecimento híbrido, talvez demasiado negro e cheio de fantasia para ser contado, talvez pouco inspirador e cheio de represálias. A minha vontade é quebrar este selo, e dar vida a esta minha vontade. Vontade essa que tem estado camuflada durante todos estes anos, escondida nos abismos mais profundos da sua casa, do seu mar. Mar esse, que criei inconscientemente dentro deste meu cérebro. Mar esse, superlotado com memórias e arrependimentos, e que de vez em quando lá transborda fora do seu alguidar, oferecendo-me momentos de aflição e roubando-me os poucos gritos que ainda me restam. Mar esse, que por vezes toma dimensões impensáveis, que eu nunca pensei que fossem possíveis de acontecer. Mar esse, que de vez em quando, lá modifica este meu ser. Mar esse, que de vez em quando, é-me impossível de esconder. Mas como é óbvio, sozinho não conseguiria criar tanta água para um alguidar tão pequenino como o meu, foi preciso mais alguém, foi preciso ajuda. Ajuda essa que me foi forçada a aceitar, que foi jogada para cima da minha mesa como uma cartada, deixando-me sem opções de escolha a não ser aquela. Aquela cartada que veio mudar o rumo da minha vida, que veio mudar a minha forma de pensar, de agir e de falar. Aquela cartada, que tinha saltado directamente da mão daquele ser incógnito, que invadiu o meu sonho querendo tomar posse dele. E de facto tomou. Tomou posse do meu sonho, tanto que num estalar de dedos, o transformou num pesadelo. Parecia que eu é que estava no seu sonho, pois perdi completamente o controlo das minhas emoções e pensamentos, perdi completamente o controlo sobre o meu corpo, sobre a minha alma. Parecia que fazia parte daquele incógnito, que nunca antes tinha saboreado o sabor da vida.
Como é claro, a maioria não liga a estes relatos.. e por vezes esse não ligar tem fortes consequências. Mas, é só mais um relato sobre o que por vezes acontece comigo. Este, é no passado. Talvez no futuro vos escreva mais sobre ele, e talvez esse presente (se for forte o suficiente), vos convença de que tais blasfémias, realmente existem.

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