quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Restless Nights

Não sou fácil de gostar. Nunca fui. Hoje às 2h da madrugada vejo isso, melhor do que alguma vez pensei que visse. Do que alguma vez pensei que era. O irónico, pelo menos para mim, é eu estar sempre a fim de tudo. De querer fazer tudo e ir a todo lado, sem inventar desculpas. Queres que vá ter contigo? Não tenho boleia mas espera, eu arranjo. Se chamam a isto de ser alguém fácil, então perdoem-me. Desculpem por me esforçar e querer demonstrar que, quero estar presente em tudo. Principalmente na vida de quem eu gosto. Nas ocasiões mais e menos importantes, nas rotinas do café diário ou até num jantar a três quando o resto do grupo não pode. Perdoem-me. Perdoa-me, por estar constantemente na expectativa de receber uma mensagem tua, embora saiba que não o vais fazer.
O facto de me esticar para todo o lado, é mau. Mas, pior que isso é só reparar nisso agora, às 2h da madrugada. Nesta humidade que paira no quarto, que abraça o meu subconsciente aconchegadamente… Digam-me: Porque é que, para ultrapassar estes arrepios, sou obrigado a vestir casacos e a agasalhar-me? Nunca a minha mente esteve tão enrugada como agora, tão imunda e submersa de questões, como agora.
Digam-me: Para quê estes desgastes mentais? Porque é que temos que guardar num cofre, aquilo que mais prezamos? Pergunto-me, se estamos todos conectados como realmente dizem; se somos filhos da terra… Porque é que não podemos olhar para tudo, com muito mais intensidade?
Perdoem-me por vos pedir isto, mas por favor, leiam e tentem perceber as entrelinhas.

02:17h, marca o relógio.
Preenchi mais uma página de apenas mais um, dos cadernos. Farão algum dia alguma diferença? Quem vai ler isto para além de mim, agora?


02:19h, boa noite.