quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ainda permaneces nas minhas cartas


Como um peso morto,
O meu corpo caíu sobre o chão.
O barco que outrora, atracaste neste porto,
Marcou e rasgou o meu coração..

Depois de tantas milhas navegadas,
Aqui chegas-te e deixas-te a tua bandeira,
Bela e imaculada.
Trocámos palavras amadas,
Subimos juntos até à cimeira,
Da minha ilha aprisionada.

Chegas-te e aprisionei-te,
Meu símbolo de falsidade.
Sem querer, rasgei-te
E cortei-te na integridade..

Formas a forma do meu coração,
Dando-lhe o brilho de um diamante.
Mas, como ambos sabemos,
Nada dura para sempre e tu partis-te de rompante..

Cá, neste meu porto,
Deixas-te o teu barco,
Que simboliza a tua chegada.
Cá, neste meu corpo morto,
Eu nunca fiquei farto,
Nem mesmo da tua partida inesperada.

Agora, vou jogar as cartas da nossa vida,
Que simbolizaram a nossa vitória.
Que me fazem lembrar, da nossa frase mais querida:
- Juntos iremos vencer, juntos iremos fazer história !