terça-feira, 2 de outubro de 2012

É querer.


Homem e mulher são
Seres diferentes, naturalmente.
Mas no amor, há uma contemplação
Que contempla onde falta gente.

A diferença desaparece,
Assim como o número par;
É chama viva, que só arrefece
Quando o tempo decidir parar.





E amar ? Bem, amar pode-se tornar tanto relativo como certo. Pode-se tornar tanto abstracto como concreto. Cada um com a sua própria noção de que amar, significa isto e aquilo. Mas analisando bem, todos nós “o sentimos”, ou pelo menos, quem já passou por isso. Todos nós acabamos por, eventualmente, saber o significado dessa imaculada palavra. E todos nós o queremos sentir, quer queiramos quer não, e porquê ? Porque nos faz bem, porque nos faz sermos o que não somos habitualmente; porque nos faz sermos “aquilo”, o que nos diferencia de toda a gente. E tudo isso, é querer ouvir o vento que vem da outra pele, e ver o sol nascer do intenso calor de ambos os corpos. Quando se perfumam, em cada um, nada mais existe a não ser aquele relâmpago feliz; aquela luz que nos clarifica a visão, que nos dá as certezas que estamos à procura. É vestir-nos com o corpo do outro, para que em nós possamos buscar o sentido dos sentidos; o sentido da vida. É dar de beber um ao outro, com a água dos nossos mútuos beijos. Tão simples mas tão complexo.. Tão concreto, mas tão abstracto..


Tudo isto, É querer.