terça-feira, 12 de janeiro de 2010

E assim se passou, outro dia..


É tempo de chuva. É aquele tempo em que para sair à rua, tem que ser acompanhado com umas quantas camadas de roupa e um guarda-chuva. E hoje, acordei com uma vontade de enorme de escrever, só não sabia sobre o quê.
As dúvidas cresceram, e quando foi hora de entrar para a sala de aula, entrei, sentei-me, e em vez de tirar o caderno da respectiva disciplina, tirei outro ao acaso.
Comecei por escrever rimas, sobre a chuva, sobre a água e sobre as gotas:

" A chuva cai, e as gotas molham,
Por entre a água eu sinto que nos olham.
Por todo o meu corpo eu sinto a chuva, toque onde tocar,
E ao meu ouvido, eu ouço-a a sussurrar: "

(..) mas depois, deixei-o a meio, e comecei por escrever este pequeno texto, sem qualquer significado, sem qualquer importância.
Passou-se mais um dia, e eu (mais uma vez) não lhe falei..
Não sei porque é que o faço, sinceramente, não sei.. talvez parvoíce minha.. "talvez" não, é mesmo parvoíce minha.
E eu quero tanto, mas tanto, dar-me melhor com ela. E também não gosto que as palavras entre nós, só sejam ditas virtualmente..
Eu sei, eu sei, que é isso mesmo, que tem acontecido, e principalmente por culpa minha, inteiramente, por culpa minha.

Falo tanto contigo, por aqui e por telemóvel, tanta palavras ditas que sinto que podíamos ficar um ano, a "conversar". Mas quando te vejo, uuui, aí, parece que não existem palavras, parece que já não sei "conversar" contigo. Dirigir-te a palavra parece fácil sabes, mas não é, não para uma pessoa como eu, que para dar o "primeiro passo" em certas situações, nem sei o que fazer..
Apenas consigo fixar o olhar, e nada mais, do que isso..