terça-feira, 8 de junho de 2010

1st Part

Outrora possuía paredes de cristal,
E colunas de betão.
Paredes que me protegiam do mal,
E colunas que sustentavam a escuridão.

Mas tanto o mal como a escuridão,
Foram-se alastrando cada vez mais.
Foram subindo pelo betão,
Contaminando todos os meus cristais.

Poderia ficar horas infinitas,
A escrever sobre as minhas protecções;
Mas nem estas palavras queridas
Te diferenciam perante milhões.

Ainda não existem tais palavras,
Capazes de te descrever,
Talvez eu um dia as crie,
E a partir daí, cresçam amadas e com vontade de viver.

É verdade que já me destruíste,
E que me deixaste sem reacção.
É verdade que já me feriste
Mas só superficialmente, e não o coração.

Sim, falo de ti,
Minha escuridão.
Eu prometo-te, que se depender de mim,
Nunca, mas nunca serás negação.