sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

24 de Dezembro de 2008

A justiça não foi justa,
Viveu da crueldade.
Partiste e tudo custa,
É triste mas é verdade.

Continuas cá dentro,
Bem vivo e flamejante.
Cresce ao sabor do vento,
Sê triunfante.


Lembras-te destas palavras ?
Se não, eu faço questão de te as relembrar mais uma vez, seguida de outra e ainda mais outra se for necessário. Lembro-as sempre que for preciso, para que não te esqueças mim, assim como eu nunca me esqueço de ti. Lembro-as a quem for preciso, a quem precisar que lhe seja relembrado, e faço isso porque tu mereces que saibam quem tu eras, que conheçam e de seguida, reconheçam o quanto foste, o quanto és e o quando serás importante. Lembro-as porque te amo. Lembro-as, porque a cima de todos os seres vivos que residem neste mundo, tu foste o tal. Lembro-as porque tu és o tal. Lembro-as, porque a cima de todos os tais que possam existir, tu foste o único que conseguiste realçar o teu valor, e assim o fizeste porque viste do que eu precisava. E esse precisar foste tu que me o deste, foste tu que me o proporcionaste. Resumindo: era de ti que eu precisava.
Dia 24 de Dezembro de 2010, faz hoje 2 anos que já não estás comigo. Faz hoje 2 anos, que a tua presença física se evaporou por completo. Faz hoje 2 anos que carrego o teu nome ao peito, esse que tu gravaste neste pequeno e mísero órgão que tu tornaste grande e único.
Eu sei que é apenas mais um texto, mais uma pequena partícula daquilo que de tão grande (ainda) tenho para te oferecer, como gratidão do que foste e do que (ainda) és para mim.
Todos os dias, depois de mais uma noite deitado sobre a esperança, acordo de mãos dadas com a saudade, e juntamente com ela, de mãos dadas, saio porta fora e olho para o céu na esperança de que uma brisa suave e quente, me traga o mais pequeno suspiro teu. Eu sei que não estás no céu, que não estás nas nuvens deitado a olhar cá para baixo, a observar como me comporto. Sei que não estás com “Deus” nem com “Anjos” nem nada do que se pareça. Sei isso bastante bem porque (ainda) te sinto a pairar sobre esta casa, voando ao sabor do vento, protegendo a minha alma. Nada me fará mal, porque tu estás comigo. Não só à minha volta, como dentro de mim. És mais que metade deste meu corpo, és mais que metade da(s) minha(s) personalidade(s). És mais de metade deste meu “eu”.
Podia agora falar de todas as nossas brincadeiras, de todas as nossas parvoíces, mas não. Não o vou fazer porque acho que já está na hora de ultrapassar essa fase. Está na hora de ultrapassar a Fase das Recordações. Está na hora, de esticar a perna e pisar novos horizontes, de novas visões, tudo a teu lado como é óbvio. Acredita ou não, mas eu não faço nada sem pensar em ti primeiro, nem nunca o farei. Foste e és um conselheiro. Foste e és um amigo. Foste e és a minha coragem. Foste, e és o Meu Rex.


Foste e és eu; Fui e sou tu.



Amo-te.