terça-feira, 3 de setembro de 2013

Inner selves


Sermos quem não somos.

 Talvez o problema esteja aí. Ou então talvez não seja um problema de todo, mas, quem sabe? O esforço de todos nós é mútuo, seja para o que for. Seja lá para que necessidade for. Achamos-mos demasiado fortes; mais fortes que tudo e que todos. A verdade (embora contraditória), é que o somos. Emocionalmente conseguimos ser mais duros e rijos que qualquer ser humano. Esquecemo-nos é que o do nosso lado também o consegue ser, e é aí que nos sobrevalorizamos mais do que com que devíamos.
Mas e achar que o somos? Estará errado? Não.
Se não o achássemos não chegaríamos nem a metade dos caminhos que temos que percorrer; dos objectivos e dos sonhos que temos, queremos e devemos realizar.

Agarrar tudo o que passa à nossa frente é um dever, uma necessidade. Para quê olhar para esse cometa e tentar perceber se é bom ou mau?
Entretanto já ele passou, e com ele levou o nosso olhar confuso.
Até porque nós somos as aventuras.
As surpresas.
Os sonhos.
As emoções.
Se somos vida porque é que temos receio em desperdiça-la? Temos de sobra, tão de sobra que até nos é possível injectar um pouco da nossa noutra pessoa, vezes mil.

Eu não tenho receio, nunca tive. A maioria de nós sabe que nem tudo corre como planeamos, então devemos manter a nossa expectativa consoante a expectativa. O mundo é pequeno para quem se conhece, e eu espero que me consiga encontrar. Espero conseguir fortificar e solidificar quem sou, e para isso preciso de me largar; de sair de mim próprio. De alargar a mente e mudar de espelhos.
De corpos.
De olhares e amores.
De costumes.