segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Off.

Não me avalies. Eu não sou o que esperas. Ou por quem esperas. Não sou uma mera melancolia com aroma a girassol, não giro em prole de algo estável e se eu estiver a mentir, então, que alguém me esfole. No protocolo dos meus genes não existe auto-controlo.

Os níveis de apatia estão absurdamente altíssimos, elevados ao cubo. Têm tido mais influência na saliência da minha gordura sentimental, do que a minha experiência em tornar em demência o meu comportamento social. O que antes era casual, tornou-se agora em banal. Desinteressante. É viciante e o que antes era assustador, agora, é acolhedor; como mergulhar nu, à noite, na praia.





03:11h da madrugada. Aumentei a velocidade da ventoinha e reposicionei-a para o Rex. Sinto o lombo dele a ferver, através dos meus pés. Até o punha lá fora ao fresco mas passa sempre a noite em branco a tentar morder os mosquitos. Aqui, pode sonhar à vontade.
"Dormir? Sim, consigo." Digo, mal a paz enlouquece. Se alguém esquece alguém é porque aprendeu a ser ninguém. Ou tudo. Se consigo ser ninguém porque não haveria de conseguir dormir? "Sim, consigo." 
Digo, infiel ao meu stress nocturno.