sexta-feira, 16 de julho de 2010

damn..

É verdade que fiquei ausente,
Tanto do mundo como da minha escrita.
Mas a paixão continua ardente,
Flamejante por assim dita.

Não desisti e muito menos desistirei,
Vou continuar a lutar nem que seja por mim.
Não pensem que fraquejei,
Pois não sou nem nunca serei assim.

É verdade que me fechei a cadeado,
Nem a minha própria alma deixei voar..
Mas isso agora não interessa, é passado,
São contos a camuflar.

Tive dúvidas e mais dúvidas,
Que me questionaram infinitamente.
Mas com certeza foram lúdicas,
Pois ensinaram-me a ser gente.

Organizaram-me cada ideia,
E fizeram com nascesse “um novo eu”.
E tudo isso graças à sereia,
Que na minha vida apareceu.

À primeira vista era apenas um ser marinho,
Que apenas dava brilho àquelas águas..
Mas foi ela quem desenrolou o pergaminho,
Que eu escondia nas minhas mágoas.

Desenrolou-o e docemente,
Parecia que cantava uma melodia..
Querida e eloquente,
Ia transformando a noite em dia..

Fez de mim aquilo que quis,
Era um brinquedo em degradação..
Ainda hoje não me lembro do que fiz,
Mas estou-lhe grato pela aproximação.

Para ser honesto,
Não estive assim tanto tempo sem escrever..
Será a primeira vez que vos confesso,
Que menti para sobreviver.

As letras já me matavam,
Queriam mais do que apenas um dedo.
Dei-lhes a mão mas não pararam,
Queriam-me consumir de medo.

Mas isso não foi razão para desistir,
E muito menos para desaparecer.
Não com um amor destes a me consumir,
E que pouco a pouco me faz crescer.

A sério, muito obrigado por existires,
E por estares a meu lado.
Muito obrigado por não te redimires,
Mas acima de tudo, muito obrigado,
Por me manteres apaixonado.