segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Súbitos Tremelicos

Poderei eu adormecer em noites destas?
Frescas horas da madrugada, que me puxam para fora dos sonhos e que numa força de dez homens, tendem em me abrir as pálpebras. Só para que as minhas íris não se esqueçam de ti. Só para que eu, não me esqueça de ti.

Poderei eu adormecer em noites destas?
Frescos suores, que enchem os meus sonhos cheios de água. Que os inundam, que os inundam de ti. Que me deixam o corpo submerso com o teu cheiro, inconfundível. Que apenas os lábios deixam secos. Que apenas os lábios, deixas secos.


Poderei eu adormecer em noites destas?
Frescos tremelicos e súbitos despertar que me fazem procurar ansiosamente, pela caneta e caderno. Pelo abrigo onde me protejo toda a vez que me encontro. Toda a vez que te encontro.
Estes tremelicos e súbitos despertar gelados que me dão ânsias, na procura por ti. Na procura em ti, por mim.


Não consigo ser mais sincero quando te digo que adoro, o que tens em mim. Quando me procuras quando passo demasiado tempo, sem te contemplar. Sem te cortejar. Sem bocejar aquando as nossas conversas, nossos textos. Esse bocejar que ao invés de me dar sono, me gratifica por saber que ainda te tenho durante só mais um bocadinho, antes do beijinho de boa noite. Antes do beijinho na testa, como tu mereces.
Como tu gostas.
Como eu gosto. 

Ai, como eu te gosto..