domingo, 28 de março de 2010

Preso a ti


Sinto-me um escravo, preso neste amor.
Amor mais negro que me escraviza, que me prende cruelmente.
A ele, me entreguei de braços abertos, a ele, me escravizei por meros dialectos..
Por este amor negro decidi, que me iria apaixonar incondicionalmente, perdendo-me assim, escravizando-me loucamente.. Pergunto-me se, alguma vez, me irei conseguir libertar deste amor, que me escraviza , que me prende nestas correntes e que me obriga a aumentar cada vez mais, este negro sentimento..
Faço a questão, proponho a mim próprio, se algum dia, me irei conseguir libertar deste meu julgamento, se algum dia irei conseguir quebrar estas grades, que me comprimem cada vez mais..
Estou apaixonado por este meu ser repugnante, cruel e frio.
Obrigo-me a viver aprisionado, apenas por este amor, que acompanha desde o passado..
Não é nenhum ser feminino, antes fosse..
Também não é amor clandestino, pois se o fosse, não me sentiria assim, longe e sozinho..
Preciso tanto deste amor, que tanto odeio e que tanto venero.. preciso tanto deste sabor, que me sacia interiormente, que me faz perder a cabeça, deixando-me louco para toda a eternidade.

Não me consigo libertar
Desta prisão mais sinistra,
Que me consome sem recuar,
Que faz com que eu desista..

Realmente é constrangedor,
Pois nunca me conseguirei libertar..
Este, será sempre o meu amor
Pois mais vezes que eu o tente matar.

As tentativas já chegaram ás infinitas,
Um número que é de louvar..
Já destruí caras bonitas
Que eram de encantar..

Por ti, já fiz coisas impossíveis,
Que hoje não quero relembrar.
Por ti, já fiz coisas terríveis,
Que para sempre irei recordar.
Já te disse o que és, já mencionei o valor que tens para mim.
Agora, é a tua vez, de me dizeres o que sou para ti.