quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sei para quem, mas não sei para onde

Caro Tio,
Dentro desta carta, residem algumas palavras que há muito fiz em tua honra.
Não te conheço e mal sei quem és, secalhar se nos cruzássemos numa rua, provavelmente não te iria reconhecer..

Descrever uma pessoa, talvez possa ser impossível,
Faz-nos rebaixar e descer o nosso nível.

Mostra o que, realmente sentimos dentro de cada um de nós,
Revela o nosso grito, revela a nossa voz.

A ti que vives nessas ruas poluídas,
Onde apenas existe mentiras e intrigas,
Eu me dirigo, com todo o meu saber.

Um homem sozinho, um homem abandonado,
Jogado para as ruas e posto de lado.
Nas ruas da violência, ele caiu no esquecimento,
Entrou em decadência e conheceu o sofrimento.
Aprendeu a viver, como um animal,
Deixou de ser quem era, deixou de ser racional.
Perdeu o seu toque, perdeu o seu carinho,
Esqueceu a sua família, esqueceu o seu sobrinho.


E agora envio esta carta, na qual o destinatário é desconhecido..

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