quinta-feira, 4 de março de 2010

A ânsia de querer saber

Mais uma vez, tive uma (grande) conversa com o meu querido amiguinho.
Mais uma vez, sentámo-nos os dois na minha mente, eu na parte luminosa, ele na parte escura. Trocámos olhares imensos de imensidão negra tão luminosos que até cegavam as almas cegas que por ali vagueavam, mudas e moribundas sem qualquer sentido de tacto, olfacto ou paladar.
Passado horas de uma conversa ocular, ganhei coragem e perguntei-lhe, repleto de confiança e alguma bonança à mistura, cheio de esperança de ouvir resposta:

- E então ? Como vais ?
- Como se te interessasse.. Já agora, porque aqui estais ?
- Não sei.. Porque secalhar quero mais ?
- Mais ?! Já não te chega aquilo que te dou ? Já não te chega passares por aquilo que te faço passar ?
- Cala-te ! Vais querer comparar o que tu me fazes com a tua ausência impertinente ? Vais ?! .. Acho que devias antes realçar a tua presença inexistente.. Sim, porque preferes antes estar ausente, preferes antes atormentar outros do que me atormentares a mim ! Mas sabes, apesar disso tudo, ainda me lembro bastante bem daquele dia que passámos juntos. Ainda me lembro daquelas fotografias na calçada, ingénua e enamorada, onde partimos juntos, mas nunca de mão dada, para uma difícil e longa caminhada. Ainda me lembro como se fosse hoje.
- Eu sei, desculpa.. Não queria que sentisses a minha falta, muito menos enquanto eu sei que tu me queres... Bem minha marioneta, tenho trabalho a fazer, tenho que ir. Eu prometo voltar para continuarmos a ter esta conversa. Até breve !

(...)

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