segunda-feira, 17 de maio de 2010

Segunda personalidade.


És como um vírus,
Que se transforma em frenesim.
Vais-me matando aos poucos,
E eu não quero morrer assim.

Não me quero tornar em cinzas
Para morar dentro de uma jarra..
Já basta ter-me tornando em pintas,
Já me basta ser a tua amarra.

Já basta seres o meu escravo de primeira,
Assim como o sinal que te marquei na testa.
Já basta ter-te pintado à minha maneira,
E ter moldado cada vértice e cada aresta.

Enquanto a meu lado ficares,
Permaneceres e viveres,
Eu prometo, que por ti irei morrer.
Mas, se a meu lado faleceres,
Eu prometo, que por ti irei viver.

Que irei tirar partido das nossas memórias
E fazer com que durem.
Que irei escrever histórias,
Para que todos os outros as murmurem.

Sei que fazes parte de mim,
Sei que és a minha alma escondida.
Mas não te esqueças,
Que foi desde o princípio ao fim
Que corremos juntos nesta corrida.

Já te descrevi em muito poemas,
Já te elogiei e já te ofendi.
Mas hoje, esses textos são emblemas
E imagens do que nunca vi.

Apenas ouvi essa tua dor,
E senti o teu sofrimento.
Não foi ódio nem amor,
Mas sim o calor do sentimento..

Desde o meu primeiro dia
Que fazes parte deste meu ser.
Foste mais do que eu queria
Mas és aquele que me faz crescer.

Peço que nunca te vás embora,
Peço-te que não estejas só de passagem.
Desejo que nunca chegue a hora
De me despedir desse teu espírito selvagem.

(Desculpa-me, mas já não tenho rimas suficientes para dizer o quanto significas para mim.. Eu bem sei que são infinitas, mas aquelas para descrever essa tua importância, não existem.. Essas ainda não foram inventadas. Palavras com tanto valor eu ficarei à espera, para um dia te puder fazer aquele texto. Aquele texto que deixará tudo e todos de boca aberta, caídos no chão só de ler meras e insignificantes palavras. Até lá, esperarei pacientemente até que sejam criadas, mas quem sabe, se não serei eu quem as criará. Só te peço, que até que esse momento chegue, que permaneças dentro de mim, assim como tens permanecido desde o primeiro dia em que te consegui sentir. Obrigado, meu espírito selvagem.)




Day 09 - A song that makes you fall asleep




Pode-me dar sono, mas é das músicas mais brilhantes que alguma vez ouvi.

9 comentários:

  1. Desculpa a maneira como vou dizer isto André mas… falar,é fácil. Eu já não tenho forças nem para me levantar da cama :’(
    Mas... obrigada pelas tuas doces palavras.

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  2. escreves bem , se escrevesses mal eu nao comentava.
    acabei de descobrir que a minha fonte de inspiração não passa de um monte de pedras secas e cheias de musgo, daquele já meio cinza. nem agua verte mais.
    e nao, nao era nenhum princepe. era um sapo dos piores que possas imaginar.

    ( desculpa, mas estou super down :x )
    de qq maneira, obrigada por seguires e comentares o meu blog =)

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  3. as palavras que saem do coração são as mais verdadeiras e as mais dificeis de serem resgatadas. está brilhante !

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  4. é mesmo isso André. e quando estamos apaixonados elas surgem sem querer, da maneira mais amorosa e criativa possível. quando racicionamos elas nunca são naturais. quer esteja chuva ou um sol tentador, nunca elas vagueiam por outros trajectos sem ser o nosso coração se nenhum sentimento as empurrarem :)

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  5. É impossível apagar e/ou substituir o que já foi feito é claro, mas não há nada como tentar encontrar novas emoções, mais felizes de preferência tentando esconder as "más".

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  6. "Mas não te esqueças,
    Que foi desde o princípio ao fim
    Que corremos juntos nesta corrida."

    que lindo, romântico!
    adorei!

    beiijo
    *.*

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  7. A rima está excelente :) não sei como consegues arranjar dessa maneira palavras que se enquadrem tão bem... quando tento escrever poesia, demoro um montão de tempo a arranjar palavras que encaixem, mas tu fazes isso de uma maneira mesmo boa :) adoro essa musica também

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