domingo, 17 de outubro de 2010

(És) Doença


Quero escrever tanta coisa,
Mas não me consigo abrir por completo;
Eu quero que alguém me oiça,
Mas não tenho dialecto..

Não sei como o obter,
Não sei como o ganhar;
Ele mete-se a correr,
Muito antes de eu falar..

Tento recorrer à lírica,
Aos dotes de escritor.
Mas essa já é cínica,
Já perdeu o seu valor.

Deixou-me vazio,
Levou a minha alma.
Deixou-me o corpo frio,
E um stress que não acalma.

Infectou a minha mente,
Em mim já não estou..
O meu corpo já não sente,
O meu mundo já parou.


Esta doença não tem fim,
Só mostra o mau e o errado..
E é por isso que eu estou assim,
Confuso e desorientado..

Alastra e alastra,
Não tem como acabar..
É um lápis que não desgasta,
Que me marca sem parar.

Mas eu não sou nenhum erro,
Que uma borracha pode apagar..
Seja de papel ou de ferro,
Também me posso aleijar.

Por isso pára de me sorrir,
Deixa-me ser livre e sonhar..
Se não sentes o que eu estou a sentir,
Por favor parte sem recuar.

7 comentários:

  1. Temos uma bomba atómica chamada coração.

    Vive mesmo que nós não. Sente mesmo que nós não. Nunca é muito nem pouco é tudo ou nada. Existe e nós existimos com ele. Só temos de conseguir bater-lhe o pé de vez enquando e mostrar-lhe que ele é importante mas que nós também existimos.

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  2. revi-me um bocado nas tuas palavras..
    é como te digo, tens jeito para istodas rimas :p

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  3. era obvio xD
    foi uma história muito à morangos com açucar :$

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  4. ha-de haver uma mao que nunca te vai largar..tens que saber esperar e procurá-la com calma (tal como todos nós que ainda nao a encontrámos..)

    beijinho e desculpa a intrusao :)
    gostei mt do poema*

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  5. nao posso concordar contigo..há maos que sao permanentes..ha paixoes/amores que sao para o resto da vida..e isso é intemporal.

    beijinho, sigo-te =)*

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  6. é mesmo isso, são opiniões..nao tira que goste muito dos teus poemas :) beijinho*

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