segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

D-mais


Na cama estou deitado,
Debruçado sobre o caderno.
Quem me dera ser amado,
No frio deste Inverno..

Estou dentro desta cama,
Mas isento do seu calor;
Preciso da tua chama,
Preciso do teu amor.

Eu sinto e desejo,
Acordado ou a sonhar;
És tu quem eu vejo,
Nos meus sonhos ao acordar.

Na mão tenho a caneta;
Um instrumento eloquente;
És tu quem escreve a letra,
Da música do meu presente.

És a luz erudita,
O desejo que me ilumina;
A razão da minha escrita,
A vitamina que me domina.


Não sou religioso,
Mas ouve as minhas preces;
Preces de um ser fogoso,
Que flameja quando apareces.

A minha mente deseja,
Por aquilo que não sou dono;
A minha alma flameja,
Pela coroa do teu trono.


Eu sei que não sou muito,
Mas sei que o posso ser;
Não te posso dar o mundo,
Apenas o meu saber.

É certo que sou realista,
E não um sonhador;
Não sou um idealista,
Que ama sem amor.

Na tua visão,
Secalhar sou só mais um;
Na minha és a razão,
A que se diferencia do comum.


Perco-me na interrogação,
Sem respostas para me dar..
Eis a dúvida, eis a questão:
Será que vale a pena alimentar ?

5 comentários:

  1. Será?
    O teu poema quase me leu a mente e o coração é medonho isso.

    Gostei. (:

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  2. o amor demora sempre a chegar...mas vem. há-de vir.
    *******

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  3. já tu continuas a escrever poemas fantásticos carregados de sentimento ;)
    gostei imenso . revejo-me em algumas coisas que aqui falas .
    Obrigada pelo apoio ;) *

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  4. bem, adorei este poemaaa :$
    Muito giro, parabéns :$

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